quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Wilmaaaa

hoje se celebra 50 anos da imagem familiar
da relação com o vizinho
da entrega pela amizade
da constituição do homem moderno
em tempos de pedra lascada
sabiam o bem viver
e, muito diferente do que nossas crianças assistem hoje,
passaram mensagens que contribuiram na formação do caráter
de muitos dos homens e mulheres adultos que andam por aí
um desenho animado que atingiu gerações
e continua sempre em nossos corações
o capitalismo da idade da pedra
Feliz Aniversário, Fred Flinstone!



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Maísa

não gosto de crianças prodígio
são pequenos monstros
que tentam parecer adultos
mas falam a mesma linguagem dos telespectadores de seus programas
pelo menos sua inocência gera belas gafes
e suas gafes espontâneas geram boas risadas

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Evelise

o melhor da Terça Insana...
dos bons tempos do stand-up comedy...
só na alegria...
só na coerência...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cinefilia

A construção de fases no ser humano é algo fascinante e intrigante ao mesmo tempo. Se passa uma hora, uma semana ou mesmo anos, e a opinião, antes tão forte e fundamentada, se dissipa magicamente, influenciada pela mudança da visão estética que temos da vida e do cotidiano. Parece insano ou falta de personalidade essa efemeridade de raciocínio, mas o tempo - relativo como é - exerce uma influência
significativa sobre nossos pontos de vista.

Explico. Há mais ou menos dez anos atras, eu assisti com muito desgosto e penar o filme Central do Brasil. Se me permite a linguagem vulgar, relato com sinceridade: achei uma bosta! Fernanda Montenegro, a dama da dramaturgia brasileira, estava apática, sem brilho. O garoto Vinícius de Oliveira parecia só mais um garoto qualquer sem talento, que ensaiava frases prontas e bem decoradas em frente as câmeras. O uso de pessoas 'comuns' como coadjuvantes me decepcionou profundamente pelo retrato triste que fizeram do talento que os brasileiros - julgava eu - não tinham. Fotografia ruim, posicionamento de ângulos ruim, montagem ruim, trilha sonora ruim... definitivamente, dez anos atrás, na inocência dos meus 16 anos, eu julgava o filme uma verdadeira porcaria. Como seria possível bater o belíssimo La Vitta e Bella do Roberto Benigni no Academy Awards? Como diabos essa obra brasileira mal feita ganhou três prêmios no festival de cinema de Berlim?

Na época, eu não tinha respostas. Mas dez anos - e milhares de fases pessoais - se passaram, e com eles, minha visão de mundo, cinema, atuação, blá blá blá... então, por um acaso do destino, voltou a mim o mesmo Central do Brasil, a mesma Fernanda Montenegro, o mesmo Vinícius de Oliveira, o mesmo Walter Salles, tudo igual. E conforme as cenas foram passando, minhas pupilas se dilataram e as lágrimas começaram a escorrer. A Fernanda de outrora, apática, surgiu esplendorosamente megera e fria, com falas perfeitamente casuais e momentos de brilho sem igual. O tal Vinícius, que parecia só mais um gabiruzinho, era O gabiru, com sotaque de gabiru e o temperamento rebelde de um garoto de 9 anos que não tem o pai e perde a mãe. Fotografia vintage que nos locomove a um Brasil de provavelmente final dos anos 80. Ângulos muito bem calculados para encontrar a luz perfeita que mostrasse o cotidiano do brasileiro em seus extremos mais opostos dentro da linha da pobreza. O Brasil que precisava ser mostrado, do jeito que precisava ser visto pelo mundo. E foi visto. E foi aplaudido. E foi marcante.

Eu penso que nessa relatividade de tempo, muda sim o que gostamos de ver, mas muda ainda mais o que gostamos de mostrar. Creio que anos atrás, meu egoísmo e vergonha adolescente só queria esconder essas realidades para que eu pudesse dizer que tinha orgulho de ser brasileiro. Hoje eu vejo que, ao mostrar essas realidades, abrimos portas pra solidariedade do próximo, e expomos da nossa janela que, mesmo vivendo em pontos de miséria, o brasileiro tem força pra lutar, pra seguir em frente, mas acima de tudo, para sorrir! Não mais julgo um filme ou livro ou disco pelo meu estado de espírito efêmero... agora eu sei que qualquer dia eu posso ser tocado pela realidade e deslumbrado pela beleza das coisas mais simples da vida.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bonnie

uma das melhores músicas
um dos piores clipes
contradições musicais

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Fag Racha

pra gringa...

A Fina Arte de Evitar Pessoas

Nem todo mundo pode ser considerado social.
Por vezes é a personalidade da pessoal que prefere o isolamento
Ermitões pós-modernos
Em outras situações, são apenas condições passageiras de personalidade
sono
angústia
tristeza
raiva
n motivos
Como proceder quando a vontade de bater um papo simplesmente não vem?!
Você vê aquele seu conhecido de longa data se aproximando
e o primeiro pensamento que vem à cabeça é:
PUTA QUE PARIU, eu não queria cumprimentar
Ou então você precisa pegar algum material digital com um colega de trabalho
mas se entrar no messenger, pelo menos 10 vão tentar assunto
ódio!
Bom, eu não sou anti-social
aliás, nem um pouco
mas algumas vezes eu simplesmente acordo com a cara virada
não estou afim de papo
então resolvi desenvolver algumas técnicas para evitar pessoas
e hoje, com a cara de pau que Deus me deu, revelo alguns dos meus valiosos segredos...
quando mexo na mochila na rua ou dentro de um ônibus
eu não estou realmente procurando algo
estou mantendo a cabeça baixa para não ser visto!
ainda no ônibus, quando estou dormindo no fim da linha
não estou dormindo
estou advertindo: não quero conversar!
quando eu caminho de cabeça baixa (raridade)
não estou procurando pedrinhas coloridas no chão!
messenger?! Nuca uso! Só em extrema urgência
e entro com status "ausente"
telefone então? apenas mensagens, ou quando eu sei que me ligam por ma emergência
Há quem possa dizer: 'tu não gosta das pessoas,
e ainda quer passar uma imagem de amigo-íntimo-social-pseudo-presente?'
e eu respodo: SIM!
Mas como eu consigo tal proeza?, se constantemente me olham e dizem:
"tu me viste outro dia no ônibus e nem me cumprimentaste!"
Simplesmente respondo
"Nossa, tu me viste e não me cumprimentaste? Que tipo de amigo tu és?"
Acompanha um olhar reprovador
Recebo um olhar envergonhado e constrangido
A psicologia reversa sempre funciona
Obrigado Freud!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Primavera

Tempo de renovação
as flores resurgem
as cores renovam
os aromas retomam
hoje começam novos tempos
novos ares
novas visões
bem vinda, primavera!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Rio Grande do Sul [5]

Justas homenagens ao cancioneiro gaúcho!





Rio Grande do Sul [4]

Há quem contexte nossa cultura
principalmente os historiadores
falam que fomos uma cultura criada
mesclada e resgatada para criar esse sentimento de regionalismo
mas eu discordo com essas pessoas
o sentimento de regionalismo já existia
ainda somos provincianos, e nos orgulhamos disso
o fato de ser uma cultura criada não anula o fato de ser uma cultura
o fato de ser relativamente nova nos seus 65 anos
não desmerece a beleza e a intensidade do clamor de amor à nossa terra
ser gaúcho é um estado de espírito que se rejuvenesce a cada segundo
e se minha cultura é contextavel para alguns pouco alienados
meu regionalismo e meu amor a esses pagos não é
tenho orgulho de ter feito parte do tradicionalismo
esse grito de paixão pela essência do meu estado
e me sinto no direito de gritar quantas vezes me for conveniente:
viva o Rio Grande do Sul!



Imagens do ENART - Encontro de Arte e Tradição Gaúcha - o maior festival amador de cultur e folclore da América Latina.

Rio Grande do Sul [3]

Pois é.

O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e exclamam 'que horror'. Sabem do roubo do político e falam 'que vergonha'. Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam 'que absurdo'. Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem 'que baixaria'. Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'. Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre, onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional.

Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa, todo mundo cantando a letra!

'Como a aurora precursora /
do farol da divindade, /
foi o vinte de setembro /
o precursor da liberdade '.

Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito de comunidade ao qual eu, paulista, não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru, nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'. Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é... Foi então que me deu um estalo.

Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' se transformarão em participação ativa? De onde virá o grito de 'basta' contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil?

De São Paulo é que não será. Esse grito exige consciência coletiva, algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados, sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'. Cada um por si e o todo que se dane.

E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes. Penso que o grito - se vier - só poderá partir das comunidades que ainda têm essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre. Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão
em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda:

'...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'

Texto de Arnaldo Jabor

Rio Grande do Sul [2]

"Mostremos valor, constância
nesta ímpia e injusta guerra
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra"

comemoração 175 anos da Revolução Farrouplha
não apenas um movimento separatista do Brasil, então império
um grito de liberdade de pensamentos
de um povo abençoado por Deus

Rio Grande do Sul [1]

Hoje é um dia para comemorar o provincianismo
este sentimento de regionalismo extremo
que, em todo o Brasil, somente neste estado se expressa
como uma insanidade
uma doença
uma ausência de razão
onde só o coração fala
grita
expande
o orgulho de não saber ser outra coisa na vida
gracias meu Deus
por ter me feito gaúcho!

sábado, 18 de setembro de 2010

Mercedita

a verdadeira expressividade do gaúcho...
gaita de botão do Renato Borghetti e piano de Geraldo Flach exalando o chamamé mais conhecido do cancioneiro regional...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Restaurante Universitário

Muita gente me contexta o que aprendo fazendo mestrado na UFRGS...
Esse foi o principal ensinamento...

Chiquitita

Tenho uma paixão efêmera e resgatante por ABBA
pelas músicas cheias de vida e sentimento
a vibração da Frida
e a depressividade da Agnetha
mas admiro-os principalmente pela originalidade
ninguém imaginaria uma banda sueca cantando inglês
que dirá em espanhol
fazem seus próprios singles originais

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BritAwards

This is for Alexander McQueen...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

VideoPoesia

Nem todo mundo gosta de ler
mas todo mundo pode perder dois minutos ouvindo

voz de Paulo Autran
versos de Carlos Drummond de Andrade

Canção para Álbum de Moça...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Soneto dos Ciclos

Construo meus ciclos
na verdade, micro-ciclos
caminho em círculos
vagando, cantando

retrato cubículos
publico em fascículos
alguns fatos verídicos
outros fatos, nem tanto

Feridas que abrem
Cortinas que fecham
Anéis que não cabem

Sonhos que me deixam
Cortinas que não abrem
Feridas que não fecham

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Padrinho

tinha simplicidade
com um tanto de arrogância
e vontades confusas de referências bibliográficas
mas os versos eram meus
e ele apadrinhou meu verso
me trouxe toques de violão
mesmo não tocando uma nota sequer
me cantou o poder da mente
mesmo com um total desafino
encantou-se com noites de terças
caminhou por tardes póstumas
mudou
brincou
voou
brilhou
e hoje celebra
não a vida
não a morte
não a amizade
celebra a ciência
de que o verde não existe
o verde nada mais é que o azul
com nuances de amarelo
feliz aniversário, meu caro!

Elefante

Em 1986, Peter Davies estava de férias no Kenia depois de se graduar na Northwestern University. Em uma caminhada ele avistou um jovem elefante que estava com uma pata levantada. O elefante parecia muito estressado, então Peter se aproximou muito cuidadosamente. Ele ficou de joelhos, examinou a pata do elefante e encontrou um grande pedaço de Madeira enfiado. O mais cuidadosa e gentilmente possível Peter removeu com a sua faca o pedaço de madeira e o elefante cuidadosamente colocou sua pata no chão.

O elefante virou para encarar o homem com grande curiosidade no seu rosto e o encarou por tensos e longos momentos. Peter ficou congelado pensando que seria pisoteado. Depois de um certo tempo o elefante fez um barulho bem alto com sua tromba, virou e foi embora. Peter nunca esqueceu o elefante e tudo o que aconteceu naquele dia.

20 anos depois, Peter estava passando pelo Zoológico de Chicago com seu filho adolescente. Quando eles se aproximaram da jaula do elefante uma das criaturas se virou e caminhou para um local próximo onde Peter e seu filho Charles estavam. O grande elefante encarou Peter e levantou sua pata do chão e a baixou, ele repetiu varias vezes emitindo sons altos enquanto encarava o homem.

Relembrando do encontro em 1986, Peter ficou pensando se aquele era o mesmo elefante. Peter reuniu toda sua coragem, escalou a grade e entrou na jaula. Ele andou diretamente até o elefante e o encarou. O elefante emitiu outro som alto, enrolou sua tromba na perna de Pete e o jogou contra a parede matando-o. Provavelmente não era a mesma porra do elefante de 1986.

Gringoletando

mensagens nada subliminares que vem de Portela, passam pela minha boca, mas não voltam pra Portela...

Retrocesso

Ando vertiginoso
cometendo insanidades cumulativas
sem sequer ânimo pra correr...
posso levar a vidinha de casal tão facilmente
que experiências antigas já me direcionam pro piloto automático
o banho
a janta
os gatos
a massagem nos pés
o sexo pré-sono
mas qual a graça de tamanha submissão?
limpar-se
fazer comida
dar comida
oferecer conforto
e, por fim, luxúria
ah, saudosa luxúria
tão essencial
tão fundamental
encaixe de coxas
por míseros segundos
que não conseguem se eternizar
enigma magnético
por noites inteiras
que acabam e recomeçam vazias
faltaram muitos temperos
sais no banho
noz moscada na janta
manjericão nos gatos
cânfora nos pés
pimenta na cama
sobrou tudo igual
mais do mesmo
tão insípido
tão sem sal

sábado, 11 de setembro de 2010

FunKultura

Quem diz que não existe cultura no morro do Rio!?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Noveleiro

Algumas cenas memoráveis da TV brasileira...







quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ivete

To leve...
preciso de algo que me faça tirar os pés do chão...
chama Veveta que eu pulo, certo!
Tem quem chame ela de cafona, arrogante, péssima
mas eu discordo
gosto muito do trabalho dela e do domíni de público que ela tem
e acho que todo mundo precisa de uma boa trilha sonora para voar mais alto
e é a ela que eu apelo sempre...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lágrimas

Choro... com frequências duvidosas
choro todos os dias quando coloco as lentes de contato
mas meus olhos ficam secos depois de cochilar no ônibus
não choro por relacionamentos
não choro nas crises
não choro nas perdas
não choro com a morte
não choro mesmo
minhas lágrimas tem momentos atípicos para aparecerem
choro com filmes
Shortbus, chorei nas duas primeiras vezes que vi
Meu Primeiro Amor me faz chorar uma vez sim, outra não
Patch Adams me faz chorar sempre
A Noviça Rebelde, só na hora que eles cantam no festival
choro quando escuto o hino nacional
na interpretação da Elza Soares então, eu chego a soluçar
quando está tocando porque um brasileiro ganhou medalha de ouro nos jogos olímpicos
eu começo a chorar antes do hino tocar
dá um nó na garganta
ah sim, choro vendo vídeos de Olimpíadas
a interpretação de Amigos para Siempre do Plácido Domingo
a interpretação de Perhaps Love do John Denver
a interpretação de Sampa do Caetano Veloso
todo canto de amor a terra me faz embarcar a voz
acho que, um dia, num futuro não muito distante
vou estar sentado num quarto escuro qualquer
do outro lado do oceano
sem perspectivas de retorno
e então, aquela música gaúcha vai tocar
e finalmente, eu vou descobrir o que é verter
lágrimas de saudade

Upside down

sede de Shortbus

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

6.9

Não poderia existir data mais apropriada para comemorar o Dia Nacional do Sexo...
Saia já da frente do computador e vá colocar em prática...
Mas cuide-se... Você pode não comemorar no ano que vem se alguma coisa escapar onde não deve!!!






Lidi



I'm your biggest fan, I'll follow you until you love me!
Qualquer semelhança é mera coincidência!
Feliz Aniversário, meu amor!!!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Companhia

Chego em casa, cansado. Ombros abatidos dos fardos diários. Preciso estar só...
Absorto em pensamentos, ensaio conversações interiores, tentando despistar evidências de esquizofrenia. Divago nas pradarias verdes, nas inverdades não ditas. Crio discursos internos que sempre acabam em acaloradas trocas de ideias. Discuto futilidades e retorno ao som dos morcegos que habitam meu sótão.

Tem gente em casa. Sempre tem. Lá no canto da sala de leitura, sentado no chão, abraçado aos joelhos. Outrora lastimante e carente. Necessitado de rumo. Hoje, um companheiro. Sem demais explicações, minha mente pergunta:

-Por que não te vejo?
-Porque não estás pronto!
-Por que te escuto?
-Porque realmente estou aqui!
-Por que te sinto?
-Porque tenho algo a lhe ensinar!

Minha consciência não delimita tempos. O diálogo poderia estar completo em dois minutos. No entando, levou mais de seis meses. Uma transição lenta de medo para desconforto para comodismo para companhia. Precisavas de abrigo. Dei-te. Talvez não o aconchego da casa de um irmão, mas o suficiente para encontrares teu caminho... meu caminho. Me recompensaste o abrigo com conselhos. E com eles, voei longe.

Me deparei com situações inusitadas, agressivas, assustadoras. Por orgulho, chamei-as de receosas. Não era só receio. Eram ensinamentos. E apesar da dilatação de meus poros e eriçamento dos meus pelos, fiz o que precisava ser feito. Nem todos podem desfrutar do meu abrigo. Não só por egoísmo meu... por contigência da situação. Não tenho lar pra todo o mundo. Nem que eu quisesse. Ter um coração grande não justifica a existência de vários amantes. E foi com certa dor no peito, contrabalanceada ao alívio da alma, que deixei-o partir. Levou de mim os votos sinceros de um itinerário menos tortuoso.

Talvez eu já tenha formada a ideia que foi só o primeiro de muitos que virão... de muitos que terei... de tantos que sentirei. Mas é importante deixar claro que certos aposentos são apenas para convidados. Aos que ficaram, pedi sutilmente:

-Vão com calma. Um ensinamento por vez. A conscientização, a conversa, a sensação, o domínio sobre os métodos. Tudo leva tempo. Façamos ao meu tempo.
-Tens ansiedade de saber, de sentir, mas não de ver. Mas verás. E aprenderás a dominar tal ansiedade. A teu tempo pedes. Que a teu tempo seja!

Diálogos confusos.
Sentimentos estranhos.
Relatos esquizofrênicos.
Textos sem nexo.
Mas não pra mim!

Deh.

"Passarinho voando...
lá na beira do mar...
a morena te espera
pra sassaricaar!!!"

mais longínqua lembrança.

"Tu só tá com as mãos apoiadas no chão! Vais ficar de joelhos, te levantar e correr.. correr muito que esta vida ainda te reserva muitos desfechos positivos!!!"

exato um ano atrás!

Sabe Dé, as vezes eu paro na frente do espelho e olho o homem que me tornei!
O profissional, o filho, o amigo, o ser humano.
E me pego a perguntar como um cara que é três anos mais novo que eu pode ser tão mais evoluído.
Cada dia que passa, eu me dou conta da verdade do slogan: "DEH, SEMPRE UM PASSO A FRENTE!"
Porque foi acreditando nas tuas mentiras e duvidando das tuas verdades que me mantive ao teu lado ao longo desses mais de oito anos!
O fato é que, para estar hoje com as duas mãos apoiadas ao chão, precisei de muitos empurrões. Muitos conselhos. Muitas lágrimas.
E tu, mesmo podendo ser apenas mais um louco a cruzar meu caminho e partir, ficaste!
Ficaste com tua sabedoria inocente, com teus conselhos ingênuos e com tua energia inexplicável!
O tempo me ensinou que a diferença de idade e de mentalidade nos ajudaram a criar uma conexão que nem o mais sábio dos paranormais saberia explicar.
Também não me atrevo a explicar tal conexão! Não é necessário!
Eu sei que a cada ano que passa, mesmo a distância nos impelindo saudades, nossa conexão apenas aumenta!
Se agiganta frente às diferenças de mentalidade e idade. Mas cria uma absoluta cumplicidade de personalidades e idéias que me fazem grato a Deus pelo homem que sou hoje.
Grato a Deus pelo homem que és hoje!
e grato a Deus por ter nos dado um ao outro para que pudéssemos nos tornar estes homens!

Hoje, não te peço conselhos!
Hoje, não te deixo votos exaltados!
Hoje, faço uma oração!
para que nada seja exatamente como ontem, mas que nada mude completamente.
pois só neste equilíbrio entre ir e vir poderemos manter vivas lembranças do que nos tornou o que nós somos hoje:
VERDADEIROS IRMÃOS!!!

TE AMO MEU VELHO!!!
OBRIGADO POR TUDO!!!
FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Exposição

Então vamos acabar com bombas...
Vamos parar de nos esconder...

Contrapontos


Os jovens escutam musica e são chamados de loucos!
Os adultos constrõem bombas e são chamados de herois!
Os soldados matam em plena luz do dia,
enquanto nos nos escondemos para fazer amor!



Fotos do álbum da Clau...
Versos do perfil do Gegê...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Rauzito

"É você se olhar no espelho e se sentir um grandessíssimo idiota, saber que é humano ridículo limitado que só usa 10% de sua cabeça animal!"
Esse cara podia ser maluco, beleza! Mas era de uma genialidade sem par!