segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Telefone

quieto sobre minha escrivaninha
apagado, imóvel, inanimado
e desde o momento que despertaste
espero dele luz
queria uma vibração contínua
que quebraria o silêncio
minha melancolia é barulhenta
estardalhosa
espalhafatosa
talvez um desespero por atenção
a tua atenção
a tua voz
a tua chamada
para encher meu peito de esperanças vãs
mas ainda assim esperanças
sentado
fumando
espero

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