quarta-feira, 4 de agosto de 2010

da Silva

da Silva
dá silvos
silva
uiva
uivos cortantes
daqueles distinguiveis
falantes
gesticulantes
que me apresentam xamãs
que me invocam chamas
uma matilha
de lobos selvagens
domesticados em hábitos circulares
como danças e curas
uivos estridentes
por hora ensurdecedores
que me trazem o novo
os esteriótipos das ações humanas
os delírios dos conflitos alheios
os questionamentos de uma mente confusa porém decidida
uivos suspirantes
por hora sussurros
me trazem o velho
os esteriótipos de Liverpool
os delíros mutantes
os questionamentos del otro lado del río
não sei tudo que me trazem
mas guardo tudo que me oferecem
o ruidoso e o silencioso
de aconchegos terapeuticos
de cômodos enfumaçados
de noites em claro
com estrelas ocultas num céu enuveado
mas que mesmo escondidas, piscam... piscam...
preciso dos uivos
preciso dos teus uivos
preciso dos teus silvos
preciso da Silva