terça-feira, 11 de maio de 2010

Reencontros

A vida é cheia dos seus próprios "vais e vens". Nos traz lembranças nostálgicas de momentos vividos e habilidades refugadas pela busca constante dos sonhos.

Hoje eu me deparei, depois de longo-curto período de afastamento, com a arte de projetar. Desenhar peças inovadoras -ou nem tanto- deixou de ser disciplina, para se tornar monitoria, para se tornar profissão, para se tornar passado, para se tornar nostálgico, para se tornar passatempo, para se tornar evolução.

O susto grande é dar-se conta que esta reação em cadeia aconteceu em menos de cinco anos. E o mais assustador é a velocidade do tempo. Cinco anos atrás, falar de cinco anos parecia uma eternidade. Cinco anos depois, falar de acontecidos de cinco anos atrás parece extremamente recente e banal. Essa ideia de tempo que não apresenta projeção se torna completamente relativa a nossa percepção de mundo. Uma criança que morre com cinco anos parece pouquissimo tempo para se viver. Um idoso que sobrevive com um câncer há cinco anos parece muitíssimo tempo para se sofrer.

Essa medição vaga que o tempo nos dá aponta nossos medos, angústias e expectativas co prazo exato pra ter fim. Mas o arraste de duas horas aparentes numa fila de banco pode durar apenas cinco minutos. Da mesma forma que a nossa formatura de duas horas fica pra sempre na memória como um enlace da vida que acabou em exatos cinco minutos. A maneira como vemos e projetamos o tempo a nossa frente é que faz com que cada ação e momento seja único e inenarrável.

Cinco anos cheios de memórias que se podem resumir em duas horas de conversa ou cinco minutos de desenhos. Ou em palavras simples e prazerosas de espalhar com o vento: cinco anos bem vividos. Estou de volta - o projetista do meu próprio tempo!


Um comentário:

Thata disse...

05 anos muito bem vividos, de muitas histórias, de inúmeros momentos inesquecíveis, e de muito saUgaUdinho com ceva... saudade dos 05 anos que passaram... e felicidade pelos próximos 05 que virão!