segunda-feira, 19 de abril de 2010

o filho do homem

Dilema do vazio
incompreendido
apontado
taxado como insensível
eu posso me dar ao luxo de não gostar do que a mim pertence?
muito obrigado!
apenas sinto um vazio
como se uma lista de desejos
nunca fosse ser completa
os objetivos se alcançam ao largo
mas a realização tem urgência
necessidade de colher frutos
e a cada dia de Jorge
entro no dilema do vazio
enquanto a lista não estiver completa
vou continuar não gostando do que a mim pertence
e o segundo dilema surge:
se a cada ano a lista aumenta
ela dificilmente estará completa
então me leva a crer
que nunca vou gostar completamente do que é meu
os brancos apontam nas têmporas
os calos se debruçam nas mãos cansadas e ociosas
o coração bate num ritmo mais complacente
é o tempo que continua me comendo
e ele que me coma
de frente, de trás
com ou sem meu consentimento
ele come Larissas
ele come Lidianes
ele come Jéssicas
ele come Rafaéis
ele come a mim
mas não completa a bendita lista
que traz no período [que é muito meu]
a constância
a insipidez
a relevância
desse dilema do vazio
Feliz Aniversário?!

Um comentário:

ToN disse...

AUAUUUUUU!!!


Caramba!!!


Sem maiores comentários, o texto explica minhas possibilidades de comentários...